“É verdade. Amamos a Vida não porque estejamos habituados à Vida, mas estamos habituados a Amar.
Há sempre algo de loucura no Amor, mas também há sempre algo de razão na loucura.
E eu, que estou de bem com a Vida, creio que aqueles que mais entendem de Felicidade são as borboletas e as bolhas de sabão e tudo o que entre os homens se lhes assemelhe.
Ver girar essas pequenas almas leves, loucas, graciosas e que se movem é o que arranca de Zaratustra lágrimas e canções.
Eu só poderia acreditar num Deus que soubesse dançar.
E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene. Era o espírito da gravidade. Ele é que faz cair todas as coisas.
Não é com ira, mas com riso que se mata. Coragem! Vamos matar o espírito da gravidade!
Eu aprendi a andar. Desde então, passei, por mim mesmo, a correr. Eu aprendi a voar. Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.
Agora, sou leve. Agora, vôo. Agora, vejo por baixo de mim mesmo. Agora, um Deus dança em mim.”
Friedrich Wilhelm Nietzsche
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21 de setembro de 2009
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