Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

27 de novembro de 2009

Oração Lakota


WaKan Tanka,Grande Mistério.

Ensina-me a confiar
Em meu coração,
Em minha mente
Em minha intuição,
Em minha sabedoria interna,
nos sentidos do meu corpo.
Nas bençãos do meu espírito
Ensina-me a confiar nestas coisas
Para que eu possa entrar em meu espaço sagrado
E amar além do meu medo.
E assim caminhar em beleza
Com a passagem de cada sol glorioso.


De acordo com o povo Lakota o espaço sagrado,é o inervalo entre a exalação e a inspiração.
Caminhar em beleza é ter o céu (espiritualidade) e a terra (físico) em harmonia.









Tudo o que dorme é criança de novo.
Talvez porque no sono não se possa fazer mal,
e se não dá conta da vida, o maior criminoso,
o mais fechado egoísta é sagrado,
por uma magia natural, enquanto dorme.
Entre matar quem dorme e matar uma criança não
conheço diferença que se sinta.



Fernando Pessoa

17 de novembro de 2009


Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinho, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por causa disso, decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados.
Então, precisavam fazer uma escolha: desaparecer da face da Terra ou aceitar os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram ficar juntos para se agasalharem e sobreviver.
Aprenderam a conviver com as feridas que a relação com outras pessoas podem causar, e que o mais importante é aceitar o que o outro '"pode" oferecer.
Portanto, precisamos entender que o melhor relacionamento, não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.
(Texto: desconheço o autor)

15 de novembro de 2009


"Não sei nada sobre estrelas – disse o velho.

- Vou te contar um segredo: quando está preste a amanhecer, é possível pega-las.
Você imagina o que pode ser feito com isso?

- Não. Por que alguém gostaria de pegar as estrelas?

- Oras, para coleciona-las. Fazer o nosso próprio céu.

- Por que querer o ‘nosso próprio céu’?

O homem riu:
- Porque em alguns lugares já não é mais possível ver o céu.
Para um viajante, você não parece ter visto muita coisa.
Queremos nosso próprio céu porque tememos um dia perde-lo."

13 de novembro de 2009



'Bebendo, Vida, invento casa, comida

E um Mais que se agiganta, um Mais
Conquistando um fulcro potente na garganta
Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.
Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos
Quando não sou líquida.'
( Hilda Hilst)

12 de novembro de 2009

Revista faz ensaio com mulheres 'fora dos padrões'



A revista americana ' Glamour' desfiou os padrões de beleza das passarelas com ensaio ousado de sete mulheres cujos pesos e medidas estão bem acima das famosas modelos.
A ideia partiu do retorno de inúmeros leitores que enviaram cartas elogiando uma certa modelo,com quilinhos a mais, que havia saído em uma pequena foto na página 194 da edição de setembro da revista.
Mensagens positivas como "Em nome de todos os homens: Você é magnífica!" e " Queremos mais!" incentivaram o editor a reservar um espaço maior para as modelos mais fortinhas.
O ensaio, à pedido dos leitores, estará na edição de novembro da publicação americana

10 de novembro de 2009

Henry Miller,em um trecho do livro "O Colosso de Marússia"



"É a manhã do primeiro dia da grande paz, a paz do coração, que vem com a rendição. Nunca soube o significado da paz até chegar a Epidauro. Como todo mundo, eu usara a palavra toda a vida, sem me dar conta por uma vez que fosse, de que é uma falsificação. Paz não é o oposto de guerra, da mesma forma que a morte não é o oposto da vida. A pobreza da linguagem, isto é, a pobreza da imaginação do homem ou de sua vida interior criou uma ambivalência que é absolutamente falsa. Estou falando, é claro, da paz que ultrapassou a compreensão. Não há outra paz. A paz que a maioria de nós conhece é apenas o cessar de hostilidades, um acordo, um interregno, uma pausa - que é negativa. a paz do coração é positiva e invencível, não impõe condições, não requer proteção. É. Só. Se é vitória, é uma vitória muito especial, porque se baseia inteiramente na rendição, mais especificamente, na rendição voluntária. Não há mistério, para mim, em relação à natureza das curas que efetuavam nesse grande centro terapêutico do mundo antigo. Aqui o próprio curandeiro se curava, primeiro e mais importante passo no desenvolvimento de uma arte que não é médica, mas religiosa. Segundo, o paciente se curava antes mesmo de receber qualquer tratamento. Os grandes médicos sempre falaram da Natureza como sendo a grande curandeira. Isso só é parcialmente verdadeiro. A Natureza, sozinha, não pode fazer nada. Ela só pode curar quando o homem reconhece o seu lugar no mundo, que não é na Natureza, como é com o animal, mas no reino humano, que é a ligação entre o animal e o divino.

8 de novembro de 2009

Mulheres que correm com os lobos - Clarissa pinkola Estés

"A sociedade tenta mas não pode domesticá-la, ela se esquiva das regras. Quando você pensa que capturou, escapole feito água entre os dedos. Quando pensa que finalmente a conhece, ela surpreende outra vez. Tem a alma livre e só se submete quando quer. Por isso escolhe seus parceiros entre os que cultuam a liberdade. E como os reconhece? Como toda loba, pelo cheiro, por isso é bom não abusar de perfumes. Seu movimento tem graça, o olhar destila uma sensualidade natural... mas, cuidado, não vá passando a mão. Ela é um bicho, não esqueça. Gosta de afago mas também arranha. "
(A MULHER SELVAGEM, trecho)

6 de novembro de 2009

Gabriel Garcia Marquez....



"... Ela sentiu lá dentro o fragor da tempestade.
– Estou sempre assim – disse ele.
E sem lhe dar tempo ao pânico, libertou-se da matéria turva que o impedia de viver. Confesou que não passava um instante sem pensar nela, que tudo o que bebia e comia tinha gosto dela, que a vida era ela a toda hora e em toda parte, como só Deus tinha o direito e o poder de ser, e que o gozo supremo de seu coração seria morerr com ela. Continuou falando sem a fitar, com a mesma fluidez e o mesmo calor com que recitava, até que teve a impressão que Sierva María tinha dormido. Mas ela estava atenta, fixos nele os seus olhos de corça assustada. Apenas se atreveu a perguntar:
– E agora?
– Agora nada – disse ele. – basta que saibas."

(Trecho de "Do amor e outros demônios.")


Gabriel Garcia Marquez é um encanto...

4 de novembro de 2009


Solidão

Quem pode evitar
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua
Dentro de mim
Amanhã devagar
Me diz
Como voltar
Se eu disser
Que foi por amor
Não vou mentir pra mim
Se eu disser
Deixa pra depois
Não foi sempre assim
Tentei dizer...
Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar...
...

1 de novembro de 2009

Trechos de uma entrevista onde Leonardo Boff fala da mãe"


 "Com a minha mãe não havia maneira, inventei mil formas, numa viagem que fiz ao Vaticano consegui que o papa benzesse um caderno e uma caneta de um confrade que trabalhava na Secretaria de Estado, para a minha mãe, e disse a ela: "Isto aqui é bento pelo papa, esta caneta, este caderno, a senhora aprende...". E ela: "O papa não vale nada, é um bobalhão, eu não quero saber de aprender."

 "Gravei tópicos de vários livros meus para ela escutar, ela escutou e disse: "Puxa, mas que interessante, eu não te ensinei isso, como você sabe essas coisas se eu não te ensinei?" Uma vez cheguei em casa e ela me perguntou: "Você, que é padre" – ela não dizia teólogo, dizia "tiólogo" –, você já viu Deus?" Eu digo: "Mãe, a gente não vê Deus". Ela: "Mas como, você, tantos anos padre, não viu Deus? Isso é uma vergonha para o padre!" Eu digo: "Mãe, a senhora vê?" E ela: "Lógico que eu vejo Deus. De vez em quando tem o pôr-do-sol, aquelas nuvens, fico olhando e ele passa com aquele manto, sorrindo, e atrás vem teu pai que já morreu, sempre olhando pra mim e rindo, e eu fico uma semana inteira com alegria no coração." E me olhava com tristeza infinita: "Como é possível que os padres não vêem Deus?" Quem é teólogo é ela! (risos)"


Entrevistadores: Marina Amaral, Frei Betto, Sérgio Pinto de Almeida, Ricardo Kotscho, Roberto Freire, Carlos Moraes, Chico Vasconcellos, João Noro, Sérgio de Souza.

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

As fotos, figuras, textos, frases visualizadas neste blog, são de autorias diversas. Em alguns casos não foram atribuidos os créditos devidos por ignorância a respeito de sua procedência. Se alguém tiver
alguma objeção ou observação por favor contatar-me.
Namastê























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