Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

20 de setembro de 2009


"Com o passar do tempo todas as pessoas mudam muito. A maioria nem deixa o endereço."
                                                      Millôr Fernandes

Eu sei que o Universo pode não ser justo, segundo a nossa concepção de justiça, mas ele é claro..., de uma clareza tão cintilante que em alguns momentos até me doem os olhos...
E verdade que todas as coisas mudam, infelizmente nem todas para melhor...
Perdidos em um mundo onde a mudança é uma demanda, onde a palavra “evolução” é ouvida como uma obrigação, onde a insatisfação e o sentimento de inadequação são os combustiveis que alimentam a desvairada busca por uma perfeição fantasiosa, inspirada por mentes interesseiras e de motivos torpes, move-mo-nos como autômatos, nos esquecendo de preservar o que é sagrado.
“Como o passar do tempo”, mudamos tanto que esquecemos de deixar o endereço para que o nosso coração possa nos encotrar um dia...
“Com o passar do tempo” mudamos tanto que esquecemos de deixar o endereço para a nossa alma...E quando nos demos conta disso a superficialidade, dominada pela artificialidade, penetrou em nossos ossos, secou o nosso espírito...
Ouvi a seguinte e infeliz frase de um homem: “quem apregoa a beleza interior nunca viu um cadáver por dentro”..., em seguida, como se percebendo que fiquei chocada : “porque? eu te acho bonita!”.
Lamentável...
Vi a seguinte cena em um canal da TV: meninas, provavelmente menores, se rebolando alucinadamente em um concurso, tipo “garota molhada”...Fiquei chocada, eram muitas garotas juntas e um palco minúsculo, ao alcance das mãos da plateia masculina, se corrompendo por uns trocados...Elas se empurravam, levantavam as camisetas rasgadas, mostrando os peitos ainda pequenos, tentanto, uma aparecer mais que a outra, enquanto eu me sentia, por elas, envergonhada...E tudo parece tão normal...
Eu cresci vendo a manifestação das mulheres que lutavam pela  liberdade de "ser",  que ansiaram a igualdade entre os sexos...Hoje vejo minha geração escravizada pela busca superficial de uma beleza plastificada. As mulheres pleitearam seu justo direito de livre expressão, mas quando conseguiram, viram-no seqüestrado e prostituído por este sistema macho-capitalista...
Tristemente,
(gi)

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