Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

30 de janeiro de 2013

MANIA DE EXPLICAÇÃO

 
Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.

Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... Também não. É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.
Adriana Falcão       

medo


"O verdadeiro oposto do amor é o medo.
No amor a pessoa expande-se, no medo a pessoa retrai-se.
No medo a pessoa fecha-se, no amor a pessoa abre-se.
No medo a pessoa duvida, no amor a pessoa confia. "

Osho

...mas os opostos se atraem...

"Para isso servem os livros,
 para caírem sobre nossas cabeças como pianos e estraçalharem, 
mesmo que temporariamente, tudo o que não for fundamental."

Antonio Prata

Clarice Lispector, carta para Olga Borelli,Rio de Janeiro, 11/12/1970.


 

"Acontece que eu achava que nada mais tinha jeito.
Então vi um anúncio de uma água de colônia da Coty, chamada Imprevisto.
O perfume é barato. Mas me serviu para me 
lembrar que o inesperado bom também acontece.
E sempre que estou desanimada, ponho em mimo Imprevisto.
Me dá sorte".

16 de janeiro de 2013

Deus


“A qualidade da vida de um homem depende da qualidade de seus deuses, das formas que o Divino toma frente a ele. Em outras palavras: a qualidade da vida de um homem depende das exigências que sua alma se faz quando admira a face de seu Deus” 
ECKHART

sonho

 
"O sonho é uma pequena porta oculta no interior e mais secreto recesso da alma, aberta naquela noite cósmica que era a psique muito antes de haver qualquer consciência do ego, e vai permanecer psique por mais que nossa consciência se estenda" (C.G. Jung - OC/10 - par. 304)

coragem...


"Todo caminho da gente é resvaloso.
Mas também, cair não prejudica demais - a gente levanta, a gente sobe, a gente volta!...
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa

6 de janeiro de 2013

Cegueira

 
Estamos numa busca eterna pela verdade porque apenas acreditamos nas
mentiras que possuímos armazenadas na mente. Estamos procurando justiça
porque no sistema de crenças que adotamos não existe justiça. Procuramos
pela beleza porque, não importa quão bela é uma pessoa, não acreditamos que
essa pessoa tenha beleza. Continuamos procurando sem parar, quando tudo já
está em nosso interior. Não existe verdade a encontrar. Sempre que voltamos
nossas cabeças, o que vemos é a verdade, mas com os compromissos e
crenças que temos na mente, não temos olhos para enxergar essa verdade.
Miguel Ruiz

Firmeza


        
      "Ele falou com meu corpo através de atos. Meu modo antigo de ser deixava tudo pendente e nunca decidia nada. Para mim, tomar decisões era algo feio. Parecia injusto para um homem sensível ter de decidir. Foi quando aprendi sobre decisão. Um gesto é um ato deliberado que é responsável pelo poder que advém de tomar uma decisão.
        Um dia D. Juan me perguntou: Você acha que você e eu somos iguais? Eu era um estudante universitário e um intelectual e ele era um velho índio, mas eu fui condescendente e disse: Claro que somos iguais. Ele disse: Eu não acho que somos. Eu sou um guerreiro e você é um frouxo. Seu mundo débil de indecisão e tristeza não é igual ao meu.
       Eu fiquei muito insultado e teria voltado, mas nós estávamos no meio do nada. Então eu sentei e fiquei absorvido nas armadilhas do meu ego. Eu ia esperar até ele decidir voltar. Após várias horas percebi que D. Juan ficaria ali para sempre se precisasse. Por que não? Para um homem sem assuntos pendentes este é o seu poder.
Eu finalmente percebi que este homem não era como meu pai, que podia tomar 20 resoluções de ano-novo e não cumprir nenhuma. As decisões de D. Juan eram irrevogáveis enquanto durasse seu interesse. Elas podiam ser canceladas apenas por outras decisões. Então cheguei perto e o toquei, volltamos para casa. O impacto deste ato foi tremendo. Ele me convenceu de que o caminho do guerreiro é um modo de vida poderoso e vigoroso.”
 Carlos Castaneda.

3 de janeiro de 2013

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

As fotos, figuras, textos, frases visualizadas neste blog, são de autorias diversas. Em alguns casos não foram atribuidos os créditos devidos por ignorância a respeito de sua procedência. Se alguém tiver
alguma objeção ou observação por favor contatar-me.
Namastê























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