Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

28 de março de 2012

Aqueles que dizem estar esperando por uma oportunidade estão sendo enganados, e não estão enganando ninguém a não ser eles mesmos. A oportunidade não irá surgir amanhã. Ela já chegou, esteve sempre presente. Esteve presente mesmo quando você não estava aqui. A existência é uma oportunidade. Ser é a oportunidade. Não diga: "Amanhã irei meditar, amanhã irei amar, amanhã irei ter uma relação radiante com a existência." Por que amanhã? O amanhã nunca chega. Por que não agora? Por que adiar? O adiamento é um truque da mente: faz com que você continue cheio de esperanças, e enquanto isso a oportunidade está escapando de você. E, no final, você chegará ao derradeiro destino - a morte - e não haverá mais oportunidades à disposição. Isso já aconteceu muitas vezes no passado. Você não é novo aqui. Você já nasceu e morreu muitas vezes. E, a cada vez, a mente usou o mesmo truque, e você ainda não aprendeu.

( Osho)

26 de março de 2012


AQUI SÓ EXISTE O BEM.
 SE VOCÊ ME DESEJA O MAL, 
EU TE DESEJO AMOR. 
( Caio F. Abreu)

23 de março de 2012

“kangaroo”


  
 Reza a lenda que, depois que marinheiros levaram a bordo um filhote de um animal muito parecido com um cão e mostraram ao tenente James Cook, alguns dos militares foram por ele enviados ao solo para questionar aos nativos a denominação do exótico animal e os nativos, que utilizavam o idioma aborígene “Guguyimidjir”, responderam a eles “ Gangurru”. Tempos depois, descobriu-se que a expressão aborígene utilizada na ocasião significa “eu não entendo” ou “eu não sei”.
Pois é como já dizia a raposa do Pequeno Príncipe: a linguagem é uma fonte de mal entendidos.


Você não pode melhorar a si mesmo. 
Não estou dizendo que não é possível melhorar, 
apenas que você não pode melhorar a si mesmo. 
Quando você pára de melhorar a si mesmo, a vida lhe melhora. 
Nesse relaxamento, nessa aceitação, a vida começa a cuidar de você, 
a vida começa a fluir através de você. Ninguém jamais foi como você e 
ninguém jamais será como você; você é simplesmente único, 
incomparável.Aceite isso, ame isso, celebre isso – e nessa mesma celebração 
você começará a ver a singularidade dos outros, a incomparável 
beleza dos outros.Amor só é possível quando há uma profunda aceitação de si 
mesmo, do outro, do mundo. Aceitação cria o ambiente no qual 
o amor cresce, é o solo no qual o amor floresce.
(Osho)

19 de março de 2012



Sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando, mas quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois."Guimarães Rosa
Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casacom janelas de aurora e árvores no quintal.Árvores que na primavera fiquem cobertas de florese ao crepúsculo fiquem cinzentas como a roupa dos pescadores.Manoel de Barros

13 de março de 2012

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.
Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo
(Teatro Mágico).

10 de março de 2012


A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido.


( Osho)

O Tamanduá e o Mistério Pessoal


Reconhecer a si mesmo é perigoso e vou rearticular isso de novo: o que estou o convidando a ver é perigoso porque assumi-lo é a morte do ego. Quão disposto você está a seguir em frente?
O perigo se apresenta exclusivamente para o ego, porque reconhecer a si mesmo é dizer um grande “Yes”, da maneira mais total possível, e a partir disso não restará mais nada a não ser simplesmente amar a si mesmo exatamente do jeito que você é.
Pondere: todos propõem que você mude. Sua mãe não gosta disso, seu marido não gosta daquilo, seus amigos daquele outro... e você vem tentando assumir essa inadequação, essa não-aceitação, indo em busca de “melhoria”. Você gosta de comer formiguinhas, mas alguém diz que é pecado e logo você começa a buscar modos, terapias e remédios para não mais comer formiguinhas. Pare um pouco, dê um passo para trás e veja se este é o melhor a ser feito. Não há nada errado em ser um tamanduá...
Imagina se um botão de rosas se abrisse um belo dia e entrasse em crise porque aqueles que estão por perto não gostam do odor que ela exala? Proponho que aquilo que seja passível de mudança, seja feito. Depois disso, relaxe. Aqui entra aceitação e confiança. Você é exatamente do jeito que Deus quer que você seja. Tem algo que vou chamar de uma força maior – que não é uma força pessoal, porque não tem uma pessoa por trás dela –, que é puro mistério impessoal. Satsang, portanto, nos convida a assumir esse mistério como única realidade.
( Satyaprem)

8 de março de 2012

A MULHER QUE CRIOU A TERRA



Mito da criação
"No início não existia terra para se viver, mas lá em cima, no grande azul, habitava uma mulher sonhadora. Uma noite sonhou com uma árvore coberta de rebentos brancos, que iluminava o céu quando as suas flores se abriam, mas que trazia uma terrível escuridão quando elas se voltavam a fechar. O sonho assutou-a, de modo que foi ter com os sábios homens velhos que viviam com ela, na sua aldeia no céu, e contou-lhes.
"Puxem esta árvore mais para cima", implorou-lhes, mas eles não entendiam. Tudo o que faziam era escavar à volta das raízes, tentando arranjar espaço para haver mais luz. Então a árvore caiu no buraco que eles fizeram e desapareceu. Depois disso, deixou de haver luz, apenas escuridão.
Os homens velhos começaram a ter medo das mulheres e dos seus sonhos. Era dela a culpa da luz se ter ido para sempre.
Então puxaram-na até ao buraco e empurraram-na. Sentiu-se a cair, para o fundo, em direcção ao grande vazio. Debaixo dela não existia nada para além de uma terrível quantidade de água. Esta estranha mulher sonhadora do grande azul, certamente teria ficado desfeita em mil bocados, não fosse um peixe-águia que veio em seu socorro. As suas penas formaram uma almofada que permitiu à mulher uma aterragem suave por cima das ondas.
Entretanto, o peixe-águia não conseguia sozinho mantê-la. Ele precisava de ajuda. Chamou pelas criaturas das profundidades. "Temos que encontrar alguma coisa sólida onde esta mulher possa descansar", disse ansiosamente. Só que não existia nenhum pedaço sólido, apenas as águas tormentosas e sem fim.
Um mergulhão desceu na água, para baixo, até ao fundo do mar e trouxe de lá um pouco de lama no seu bico. Encontrou uma tartaruga, espalhou a lama no seu casco e mergulhou outra vez para trazer mais lama.
Então os patos juntaram-se-lhe. Eles gostavam de se sujar com lama e portanto ajudaram a trazer mais alguma nos seus bicos, espalhando-a por cima da tartaruga. Os castores também ajudaram - eles eram grandes construtores - e trabalharam muito, tornando a carapaça da tartaruga cada vez maior.
Agora toda a gente estava muito ocupada e entusiasmada. Esse mundo que eles estavam a construir começava a ficar enorme! Os pássaros e os animais apressavam-se, construindo países, continentes, até que por fim tinham construído toda a terra. Durante todo esse tempo, a mulher do céu esteve sempre calmamente sentada nas costas da tartaruga.
Ela ainda aguenta a terra até hoje."
(América do Norte, Iroqueses)
Tradução de Vasco David
Este texto encontra-se na pag. 11/12 do Livro "Rosa do Mundo - 2001 Poemas para o Futuro" da Assírio & Alvim

7 de março de 2012

Louise Bourgeois



Louise Bourgeois desenvolveu uma lógica das pulsões, importando vincular sua obra aos grandes temas do conhecimento ou da literatura e não aos sistemas da arte. Melhor falar então de um material extraído de recalques e embates da vida como abandono e ira, desejo e agressão, comunicação e inacessibilidade do Outro. No confronto permanente entre pulsões de morte, angústia, medo e as pulsões da vida, a obra de Louise Bourgeois é uma dolorosa e triunfante afirmação da existência iluminada pela libido. Nessa obra biográfica e erotizada, transformar materiais em arte é uma conversão física, não no sentido religioso, mas como a conversão da eletricidade em força. (...) Digamos então que a obra de Louise Bourgeois caminhe pela territorialização de imensidões. São assim o corpo, a casa, a cidade e o desejo. Ou a geometria, a família e a insularidade. Obra antiplatônica, não se satisfaz com o mundo das idéias e conjecturas. Deseja ter um corpo. 



Paulo Herkenhoff

6 de março de 2012

"Não devemos tentar viver como algo diferente do que somos.
Isso não seria arremendar DeuS (ES)?
 Somos seres humanos. 
Devemos primeiro viver e depois - sim, depois podemos filosofar"
" E como podes distinguir entre corpo e alma?
Isso não é estragar a obra de (DOS) Deus (ES)?


 Flora, personagem do Livro "Vita Brevis" de Jostein Gaarder. 

FLORINDA DONNER-GRAU




— De acordo com os homens o útero limita à mulher tanto mental como fisicamente. Esta é a razão pela qual às mulheres, apesar de seu acesso ao conhecimento, não lhes tem sido permitido determinar o que é este conhecimento. Tenha em conta, por exemplo, os filósofos — propôs Esperanza. — Os pensadores puros. Alguns deles são encarniçadamente contra a mulher. Outros são mais subtis, no sentido em que estão dispostos a admitir que a mulher poderia ser tão capaz como o homem, se não fosse a ela não lhe interessar as investigações do domínio racional, e no caso de estar interessada, não deveria estar. Pois, dizem, fica melhor à mulher ser “fiel” à sua natureza, como companheira nutridora e dependente do macho.
Esperanza expressou tudo isto com uma inquestionável autoridade. No entanto, em poucos minutos, a mim já me assaltavam as dúvidas. — Se o conhecimento não é outra coisa senão do domínio do masculino, a que se deve então a sua insistência em que eu vá à universidade? — perguntei.


— Porque você é uma bruxa, e como tal precisa saber o que te afecta, e como te afecta — respondeu. — Antes de recusar algo deve saber por que o recusa.
(em Sonhos Lúcidos) 

5 de março de 2012


"Esse esforço que farei agora por deixar subir à tona um sentido,
qualquer que seja, esse esforço seria facilitado se eu fingisse escrever para alguém.
Mas receio começar a compor para poder ser entendida pelo alguém imaginário,
receio começar a "fazer" um sentido, com a mesma mansa loucura que até
ontem era o meu modo sadio de caber no sistema.
terei de ter a coragem de usar um coração desprotegido e
de ir falando para o nada e para o ninguém? -
assim como uma criança pensa para o nada -
e correr o risco de ser esmagada pelo acaso."
Paixão Segundo G.H.


CLARICE LISPECTOR

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

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Namastê























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