Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

28 de fevereiro de 2011

Comportamento - “agressivo-passivo”

Comportamento - “agressivo-passivo”, 

é um tipo de comportamento bastante comum em nossa sociedade,
 as pessoas acabam por desenvolver este tipo de comportamento,
 não chegando a ter noção do mesmo.
Abaixo, alguns pontos que  podem nos ajudar a identificar o comportamento “agressivo-passivo”.


• Ambigüidade, falar lacônico ou até uma postura silenciosa: um meio de gerar sentimento de insegurança nos outros. 
Não diz nem sim, nem não...Seu posicionamento nunca é realmente claro e incisivo.
  
• Estar atrasado cronicamente e esquecer as coisas: pratica a procrastinação, uma nova forma de exercer o controle.
Três medos básicos são constatados neste perfil de comportamento:

• O medo da concorrência ou da competitividade, se esconde atrás da desculpa de evitar confrontos.
• O medo da dependência, levando ao isolamento.
• Medo da intimidade. O “agressivo-passivo”, muitas vezes não confia,
 tendendo ao  controle, evitando ligar-se intimamente a alguém. 
• Criam situações caóticas, por falta de posicionamento e clareza.
• Forjam desculpas para a falta de desempenho em equipes de trabalho 
• Obstrucionismo,que pode ser expresso como indiferença ou descaso. 

• Mau humor. 
• Resposta de “vitimização”: em vez de reconhecer as próprias fraquezas 
tende a culpar os outros pelos próprios fracassos.Muitas vezes assumindo inclusive postura de mártir. 

 Normalmente, esse tipo de comportamento serve para expressar uma hostilidade oculta.

(texto adaptado, autor desconhecido)

24 de fevereiro de 2011

o beijo


Era uma cena bonita: às 14h45, na rodoviária de Campinas, um casal impedia o trânsito beijando-se dentro de um carro, por mais de cinco minutos. Atrás deles, uma fila de motoristas impacientes buzinava, como se o barulho fosse incomodar os apaixonados que protagonizavam, na verdade, uma seqüência de beijos. Nem Hollywood foi capaz de cena tão romântica.
Aquilo era mais que um filme, pensei de imediato numa crônica se desenrolando ao vivo. Eles se beijavam e, quando os espectadores achavam que a despedida tinha terminado, um olhava nos olhos do outro e recomeçava o beijo, depois mais outro. Os dois completamente alheios ao que se passava em volta, não estavam nem aí para o mau-humor de quem não ama e, até por isso, detesta cenas de amor.
Mas havia também quem compreendia e curtia aquela paixão. Logo atrás deles, no primeiro carro, uma mulher e um rapaz riam da cena sem buzinar. Mãe e filho se encantavam com a visão, assim como eu, que não achava incômodo o atraso que os namorados causavam. Mil vezes uma cena de amor do que de raiva nas ruas. É preciso abrir espaço para amores vespertinos, amores matutinos, noturnos então, nem se fala. Uma tarde começar com uma visão daquelas era um sinal de sorte, presságio de um dia abençoado.
Depois que o casal se separou, ele correndo para tomar o ônibus, ela engatando a primeira marcha e saindo radiante, apesar das buzinas, pensei que o amor é um antídoto contra a pressa. Ninguém tem pressa quando ama, o amor é para ser vivido em câmera lenta, em takes que se desdobram em ternura, carinho, cuidados. Pena que nas cidades aconteçam cada vez menos filmes assim. A preferência é por mais ação e menos romance. Mais cinema americano, menos filmes de Renais, apesar da lição de beleza de “Hiroshima Mon Amour.” 
Mas devido à cena, lembrei-me de quantas vezes “assisti” ao amor nas praças e avenidas. Pensei no casal que sentava-se num banco, no Calçadão de Londrina, sempre na hora do almoço. Acho que não sentiam fome, se alimentavam com olhares apaixonados, mãos nas mãos, beijos que os tiravam do chão, acho mesmo que do planeta. Os vi muitas vezes, como estes casais que se encontram nas praças das cidades do interior e ficam ali, enfeitando paisagens como as andorinhas.
Engraçado é que os pares um dia desaparecem. Perdi muitos namorados de vista e por um tempo fico indagando: Será que brigaram? Um dos dois se mudou de cidade? Ou se casaram e beijam-se longe dos olhares de quem se irrita ou se encanta com atos de ternura?
Entre as cenas mais bonitas que já vi, está a de um casal de mendigos dormindo abraçado na Concha Acústica. Feios e sujos? Nem vi. Só sabia que um cobertor escondia a pobreza e revelava o amor em dois corpos juntos, talvez para se aquecer do frio, sobretudo para se manterem unidos por amor, este mesmo que embala cenas surpreendentes, com beijos e abraços nas ruas. Quando vejo isso, sinto vontade de gritar por pura emoção: Atenção cineastas de plantão! Atenção pessoal da Kinoarte, atenção Rodrigo Grota! Uma cena de amor, digna de Resnais, está acontecendo no Calçadão de Londrina. Já pensaram num filme sobre beijos? Só beijos em longas seqüências?
Quando vejo uma cena destas, penso que a vida ainda tem a poesia que não enxergamos por pressa ou porque já não amamos. Fica assim reduzida a importância do afeto no cotidiano. Nestas horas, lembro-me de uma mensagem que cobre os muros das cidades com letras gigantes: “O amor é importante, porra!” Vi esta frase algumas vezes, como transeunte deste universo mágico que é o território urbano, este mesmo que abriga sinais de alerta e cenas para quem ainda não perdeu a esperança.
“O amor é importante” e vi sua força às 14h45 em frente à rodoviária de uma grande cidade, quando um beijo selou o dia apesar da irritação de quem já não tem olhos para a poesia de um ato que parou o trânsito. Depois do beijo, a tarde continuou, as pessoas continuaram sua luta celebrando a pressa. Mas para mim, o dia não era mais o mesmo.


 Célia Musilli 


(Crônica publicada hoje na Folha de Londrina)

23 de fevereiro de 2011


"Talvez todos os dragões de nossa vida sejam

princesas que aguardam apenas o momento de

nos ver um dia belos e corajosos. 
Talvez tudo que é terrivel, esteja nas profundezas
 em desamparo, esperando nosso auxílio ... "
Rainer Maria Rilke

Querida Deusa,

que eu possa ouvir a minha Canção e a 
Canção de todos os seres com sensibilidade e devoção.
Que assim seja!!

22 de fevereiro de 2011


"A sombra que corre atrás de nós
 tem decididamente quatro patas."

Clarissa Pinkola Estés, "Mulheres que Correm com os Lobos"

Cura


"A utilização de sons, a indução sonora com instrumentos para a
obtenção de urn estado alterado é uma parte importante da sessão de
recuperação da alma nas tradições xamânicas. 0 mais antigo
instrumento musical utilizado com esse fim entre os povos nativos e o
chocalho, imitação da chuva feita pelo genero humano. É um
instrumento de limpeza e purificação utilizado para remediar a "perda
da alma". Os termos contemporaneos para a perda da alma são
"depressao". "desanimo" e "abatimento". Na pratica, a maioria dos
xamãs primeiro usa o chocalho para limpar e purificar. Depois, se
utilizam de seu som para chamar as partes da alma que foram perdidas
no passado, num lugar em particular ou num antigo relacionamento."

Dando meu sincero e emocionado testemunho...
Esta semana fazendo minha maracá como parte da preparação 
para o "Retiro de Carnaval"  passei por um processo 
de resgate de alma profundo e maravilhoso, podendo comprovar a força desta medicina!!!
Ahow Povo Vermelho!!! Abençoados sejam!! Abençoadas sejam suas Tradições!!!

"Freud dizia que, ao renunciarmos à satisfação de algum prazer, 
acabamos sentindo raiva de nós mesmos. 
E essa raiva nos leva a querer punir 
todos aqueles que a tal prazer não renunciaram. 
Portanto, abracem a liberdade e vivam seus prazeres, 
antes de pensar nas injustas punições a quem pensa diferente."
(Edson Marques)
Nuvens e montanhas nas alturas 1600x1200 Papel de Parede Wallpaper
"Eu acredito em profundidades. 
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
 São eles que me dão a dimensão do que sou."
(Maria de Queiroz)

TAO TE KING



"O que é imperfeito, será perfeito.
 O que é curvo será reto. 
O que é vazio será cheio. 
Onde há falta haverá abundância.
 Onde há plenitude haverá vacuidade. 
Quando algo se dissolve, algo nasce."

19 de fevereiro de 2011


“(...) mas encontro as docilidades de Deus 
nas coisas mais banais e tudo serena.”

Cecília Braga

" (...) Sua cor não se percebe,
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia, mas é realmente uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio."
- Carlos Drummond de Andrade

"Nos demais,
todo mundo sabe,
o coração tem moradia certa,
fica bem aqui, no meio do peito...
mas comigo a anatomia ficou louca.
Sou todo coração -
em todas as partes palpita."

- Maiakovski

17 de fevereiro de 2011



"E nunca teve pretensões de amar e ser amada, 
embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, 
mas sem os problemas do amor."
Gabriel Garcia Marquez

16 de fevereiro de 2011

"Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém (...)
Acho-me relativamente feliz,
Porque nada de exterior me acontece
Mas, em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto."

- Mario Quintana

estrela-da-esperanca
"Bom, feliz talvez ainda não.
 Mas tenho assim... aquela coisa... como era mesmo o nome?
Aquela coisa antiga, que fazia a gente esperar que tudo desse certo, sabe qual?
- Esperança? Não me diga que você está com esperança!
- Estou, estou."

- Caio F. Abreu

14 de fevereiro de 2011



"...Quando a gente está apaixonado, quando a gente experimenta a paixão, 
você quer segurar a pessoa e falar: "Fica na minha frente para eu te olhar...". 
Não precisa nem casar, é só olhar, é só olhar...". 
Tenho um poema em que eu acho que dei conta de falar isso, "A Terceira via":
Meu espírito - que é o alento de Deus em mim - te deseja
pra fazer não sei o que com você.
Não é beijar, nem abraçar, muito menos casar
e ter um monte de filhos.
Quero você na minha frente, extático
- Francisco e o Serafim, abrasados -,
e eu para todo o sempre
olhando, olhando, olhando...
Então eu acho que o Céu..., 
quando a gente fala em experiência de mística, 
da alegria inefável dos santos, isso está no olhar... 
Então, você chega no Céu: "agora descansa, pára o mundo que eu vou olhar a face divina!".
Então, nem precisa casar mesmo, pode parar aí, que já está no Céu.
Eu acho que a poesia é isto: porque ela é algo que se mostra, 
eu acho que a poesia é um fenômeno que realmente escapa ao poeta; 
ele, coitadinho, é um proletário da coisa, um operariozinho, 
um operário braçal. Então, há uma coisa, algo, algo, algo quer se mostrar...
E, para mim, a poesia é isto: aquilo que precisa ser visto, se mostrar, naquele momento."

ADÉLIA PRADO

Sagrado masculino



‎"O homem matrïarcal é aquele que reconhece o seu poder feminino e
 sua integração com o mesmo, ele é fálico, como o poder feminino também pode ser.
Ser um homem matriarcal, é reconhecer a divindade da Deusa como parte sua.
Feminino não é só a noção de mulher como vulva e seios,
o feminino é algo profundo e intuitivo,
 é a primeira noção do reconhecimento e começo da vida.
A vida se inicia e se faz dentro do feminino,
 mas da maneira como a sociedade patriarcal
 trouxe uma noção separatista das coisas,
afetou a noção do ser masculino, como filho daquele aspecto feminino da criação.
Assim como a mulher sofreu pelas mãos do patriarcado, 
a maioria dos homens foram podados em seus sentimentos e sensações.
 Já que reconhecer o seu aspecto feminino é demonstrar tudo aquilo que é ( considerado)fraco
 e admitir a toda uma sociedade falocrática um poder diferente do "pregado" pela maioria.
Homens matriarcais existem... mostram-se em suas atitudes inconscientes,
muitos foram corrompidos assim como as mulheres também foram.
Enfim o ''homem pode ver sua própria imagem refletida no corpo da mulher e 
a mulher pode ver nele a sua própria imagem refletida''
 por: Adham Zilys 



O físico K.C. Cole afirma: 
“O ar é azul pela mesma razão que o céu (composto de ar),
 porque grupos de moléculas do ar espalham a luz azul 
mais do que todas as outras cores na luz solar … 
(Você poderia dizer que o ar é muito, muito, muito, muito azul claro).”

10 de fevereiro de 2011


“A utopia está lá no horizonte.
 Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
 Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
 Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. 
Para que serve a utopia então? 
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
 ( Eduardo Galeano)
                                 


"Aqui diante de mim, 
eu, pecador, me confesso 
de ser assim como sou. 
Me confesso o bom e o mau 
que vão ao leme da nau 
nesta deriva em que vou."

"Miguel Torga

O silêncio é doloroso mas é no silêncio que 
as coisas tomam forma; e, em alguns períodos 

da nossa existência, nada mais podemos fazer 
senão esperar. Dentro de cada um, nas 
profundezas de nosso ser, há uma força que vê 
e escuta o que, no entanto, não podemos entender. 
Tudo aquilo que somos hoje... 
nasce do silêncio de ontem." 



(Kalil Gibran)

8 de fevereiro de 2011

violeta

A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda.
 Dizem que se esconde por modéstia. 
Não é. 
Esconde-se para poder captar o próprio segredo. 
Seu quase-não-perfume é glória abafada, 
mas exige da gente que o busque. 
Não grita nunca seu perfume.
 Violeta diz levezas que não se podem dizer.
 (Clarice Lispector)

2 de fevereiro de 2011


Amaterasu (天照) Também conhecida como Ama-Terasu-Oho-Mi-Kami (天照大神). Deusa do sol,divindade japonesa que vela sobre os homens e os enche de benefícios. Nasceu do olho esquerdo de Izanagi e domina o panteão xintoista, em que figura um certo número de personificações das forças naturais. É representada empunhando um disco solar.
"Amaterasu vivia em uma gruta, em companhia de suas criadas, que lhes teciam cotidianamente umquimono da cor do tempo. Todos os dias de manhã, ela saía para iluminar a Terra. Até o dia em que seu irmão, Susanoo, deus do Oceano jogou um cavalo esfolado nos teares das criadas tecelãs. Assustadas, elas se atropelaram, e uma delas morreu, com seu sexo furado por sua própria laçadeira. A deusa Amaterasu não apreciou a brincadeira: não gostava de cavalo cru. Zangada, recolheu-se em sua gruta e a luz desapareceu. E o pânico foi semeado até no céu, onde viviam os deuses e as deusas, que como os humanos, também não enxergavam nada. Eles se reuniram e bolaram uma estratagema. Pediram a Uzume, a mais engraçada das deusas, que os distraísse diante da gruta fechada em que Amaterasu estava amuada. Uzume não usou de meios termos: levantando a saia, pôs-se a dançar provocantemente, exibindo suas partes íntimas com caretas irresistíveis. Estava tão divertida que os deuses desataram na gargalhada... Curiosa, Amaterasu não aguentou: entreabriu a pedra que fechava a gruta, e os deuses lhe estenderam um espelho onde ela viu uma mulher esplêndida. Surpresa, ela se adiantou. Então os deuses agarraram-na e Amaterasu saiu para sempre de sua gruta. O mundo estava salvo."

1 de fevereiro de 2011

Pessoa...


Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
Fernando Pessoa


"As mulheres, durante séculos, 
serviram de espelho aos homens 
por possuírem o poder mágico e delicioso de refletirem
uma imagem do homem duas vezes
 maior que o natural."


VIRGINIA WOOLF

( Gravura - Théodore_Géricault)

SOBRE DIREITOS AUTORAIS

As fotos, figuras, textos, frases visualizadas neste blog, são de autorias diversas. Em alguns casos não foram atribuidos os créditos devidos por ignorância a respeito de sua procedência. Se alguém tiver
alguma objeção ou observação por favor contatar-me.
Namastê























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