Era uma vez...


"Em um tempo muito, muito distante, quando a Deusa caminhava sobre a Terra e todas as coisas eram sagradas...
Nas noites encantadas,surgia em meio a floresta misteriosa
um velhinho exausto e tremulo e a Deusa em sua face Anciã,
o tomava em seus braços, se balançando em sua cadeira o embalava, cantando...cantando...
E pela manhã ele saltava de seus braços, agora já uma criança radiante e se alçava aos céus para raiar o dia.
Ele é a Criança Solar, Ela é a Mãe de todas as coisas..."

11 de maio de 2010

Sagrado Masculino


Tornou-se uma espécie de clichê afirmar que os homens foram treinados para serem agressivos e dominadores, e as mulheres ensinadas a serem passivas e submissas, que aos homens é permitido demonstrar sua raiva e às mulheres não. Na cultura patriarcal, ambos, homens e mulheres, aprendem a funcionar dentro de uma hierarquia, onde aqueles que se encontram no topo dominam os que estão abaixo. Um aspecto dessa dominância é o privilégio de expressar a raiva. O general repreende o sargento; ao soldado não é permitido fazer a mesma coisa. O
chefe é livre para ficar furioso, mas não o seu assistente. A mulher do chefe grita com sua empregada, mas não vice-versa. Visto que as mulheres têm, geralmente, estado na parte inferior das hierarquias, do mundo dos negócios à família tradicional, elas vêm suportando o ímpeto de uma grande quantidade de fúria masculina e têm sido as principais vítimas da violência. A raiva pode ser vista como resposta a um ataque; poucos homens encontram-se em posições onde podem se dar ao luxo de confrontar diretamente seus atacantes.
A raiva masculina, portanto, torna-se distorcida e pervertida. É ameaçador reconhecer a fonte verdadeira de sua ira, pois, deste modo, ele seria obrigado a reconhecer o desamparo, a impotência e a humilhação de sua posição. Ao invés disso, ele pode voltar a sua raiva para alvos mais seguros, mulheres, crianças ou, até mesmo, homens menos poderosos. Ou sua raiva pode
transformar-se em autodestruição: doenças, depressão, alcoolismo ou qualquer variedade de vícios disponíveis. Patriarcado significa, literalmente, "lei dos pais", mas em um patriarcado, a poucos homens é permitido desempenhar o papel de "pai" fora da esfera limitada da família. A estrutura de instituições hierárquicas é piramidal: um homem ao alto controla muitos abaixo. Os homens competem por dinheiro e pelo poder sobre os outros; a maioria, que não alcança o topo da corrente de comando, é forçada a permanecer imatura, desempenhando o papel de filho rebelde ou cumpridor de seus deveres. Os filhos zelosos buscam agradar eternamente ao pai através da obediência; os maus filhos buscam derruba-lo e tomar o seu lugar. De qualquer maneira, eles não estão em contato com seus próprios desejos e sentimentos.
(A DANÇA CÓSMICA DAS FEITICEIRAS - STARHAWK)

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