Quando o feminino está ausente ou reprimido,
em seu lugar surgem as teorias que “explicam” a vida de forma muito sintética e mecânica
e a falta de contato com a dimensão instintiva e emocional pode conduzir a atos desumanos e destrutivos.
O grande poder do mito é sua habilidade para mobilizar ações humanas e
impulsionar respostas coletivas.
Assim, o desafio do feminino é fazer ouvir a sua voz interior,
reivindicar seus talentos e dons, despertando o mundo.
Leonardo Boff diz que o feminino "expressa a dimensão de ternura, cuidado, auto-aceitação, misericórdia, sensibilidade face ao mistério da vida e de Deus, cultivo da interioridade que existe e deve existir em toda existência humana que alcança um nível mínimo de maturidade.”
Assim, o feminino deve despertar o mundo para transformá-lo
através de um caminho individual e, por conseguinte uma mudança interpessoal e
uma evolução sócio-cultural, em uma jornada onde não estamos sós,
onde os deuses já trilharam antes de nós.
Como Campbell nos aponta: ”O labirinto é conhecido em toda a sua extensão.
Temos que seguir a trilha do herói e lá, onde temíamos
encontrar algo abominável, encontraremos um deus. E lá,
onde esperávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos.
Onde imaginávamos viajar para longe, iremos ao centro da nossa própria existência.
E lá, onde pensávamos estar só, estaremos em companhia do mundo todo”.
(trecho : Soraya Ferreira Mariani)
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