Era uma noite fria, e já velha, estava sem abrigo, e faminta.
Teve que improvisar um abrigo debaixo de uma cerejeira nos campos.
Estava realmente bem frio, e ela não conseguiu dormir bem.
E era também perigoso – animais selvagens e tudo mais.
A meia-noite ela acordou – devido ao frio intenso - e viu, no céu noturno,
as flores abertas da cerejeira sorrindo para a lua enevoada.
Tomada pela beleza, ela levantou-se e curvou-se na direção da vila,
em sinal de agradecimento, com essas palavras:
Através de sua bondade ao recusar-me abrigo descobri-me sob as
flores na noite desta lua enevoada.
Ela se sente agradecida. Cheia de gratidão,
agradece aquelas pessoas que lhe recusaram abrigo.
Do contrário estaria dormindo sob um teto comum e teria perdido essa bênção –
o cerejeira florida, esse sussuro com a lua enevoada, e o silêncio da noite,
esse profundo silêncio da noite. Não está zangada, ela aceita o que aconteceu.
Não só aceita-o, o recebe com boas vindas, ela sente-se grata.
A pessoa torna-se um buda quando aceita tudo que a vida traz, com gratidão.
(Osho)
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