''Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no
cuspe à distância servem para poesia
O homem que possui um pente e uma árvore serve para poesia
Terreno de 10 x 20 sujo de mato - os que nele gorjeiam
detritos semoventes, latas servem para poesia
Um chevrolé gosmento
Coleção de besouros abstêmios
O bule de Braque sem boca são bons pra a poesia
As coisas que não levam a nada tem grande importância
Cada coisa ordinária é um elemento de estima
Cada coisa sem préstimo tem seu lugar
na poesia ou na geral....''
Manoel de Barros
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