"O Deus Galhudo, todavia, nasce de uma mãe virgem. Ele é um modelo de poder masculino que está livre da rivalidade entre pai e filho e dos conflitos edipianos. Ele não tem pai; é o seu próprio pai. À medida que cresce e atravessa as mudanças da Roda, permanece relacionado à força nutriente primordial. Seu poder é extraído diretamente da Deusa: ele é parte dela.
O Deus incorpora o poder do sentimento. Seus chifres animais representam a verdade da emoção não mascarada, a qual não busca agradar a nenhum senhor. Ele é indômito. Mas, sentimentos indomados são muito diferentes de violência sancionada. O deus é a força da vida, o ciclo da vida. Ele permanece dentro da órbita da deusa; seu poder está sempre a serviço da vida.
O Deus das Bruxas é o Deus do amor. Esse amor inclui a sexualidade, que também é plenamente selvagem e indomada, assim como suave e carinhosa.
Sua sexualidade é plenamente sentida, em um contexto onde o desejo sexual é sagrado, não somente por ser o meio pelo qual a vida é procriada mas, também, porque ele é o meio através do qual nossas próprias vidas são mais profundas e extaticamente realizadas. Em Feitiçaria, o sexo é um sacramento, sinal externo de uma graça interior. Essa graça é a profunda ligação e o
reconhecimento da totalidade da outra pessoa. Em essência, não se limita ao ato físico, é uma troca de energia, um alimentar sutil entre as pessoas. Através da ligação com o outro, ligamo-nos ao todo.
Na Arte, o corpo masculino, como o corpo feminino, é tido como sagrado, que não deve ser violado. É violação do corpo masculino utiliza-lo como arma, do mesmo modo que é uma violação do corpo feminino usa-lo como objeto ou campo de experimentação à serviço da virilidade do homem. Fingir desejo, quando inexistente, viola a verdade do corpo, assim como a repressão do
desejo, o qual é totalmente sentido mesmo quando não satisfeito. Mas, sentir desejos e anseios é admitir a necessidade, o que é ameaçador para muitos homens em nossa cultura.
Sob o patriarcado, os homens, enquanto estimulados a esperar muitos cuidados por parte das mulheres, também são ensinados a não admitir a necessidade de serem alimentados, a necessidade de, às vezes, serem passivos, fracos, de se apoiar em outra pessoa. O Deus, em Feitiçaria, personifica o anseio e o desejo pela união com a força primordial e nutriente.
Em lugar de buscar cuidados maternos ilimitados de mulheres reais e vivas, os homens, na Feitiçaria, são encorajados a se identificarem com o Deus e, através dele, atingirem a união com a Deusa, cujo amor de mãe não tem limites. A Deusa é tanto uma força externa quanto interna: quando sua imagem penetra a mente e o coração de um homem, torna-se parte dele. Ele pode aliarse às suas próprias qualidades nutritivas, com a Musa interior, que é uma fonte
de inspiração indelével.
O Deus incorpora o poder do sentimento. Seus chifres animais representam a verdade da emoção não mascarada, a qual não busca agradar a nenhum senhor. Ele é indômito. Mas, sentimentos indomados são muito diferentes de violência sancionada. O deus é a força da vida, o ciclo da vida. Ele permanece dentro da órbita da deusa; seu poder está sempre a serviço da vida.
O Deus das Bruxas é o Deus do amor. Esse amor inclui a sexualidade, que também é plenamente selvagem e indomada, assim como suave e carinhosa.
Sua sexualidade é plenamente sentida, em um contexto onde o desejo sexual é sagrado, não somente por ser o meio pelo qual a vida é procriada mas, também, porque ele é o meio através do qual nossas próprias vidas são mais profundas e extaticamente realizadas. Em Feitiçaria, o sexo é um sacramento, sinal externo de uma graça interior. Essa graça é a profunda ligação e o
reconhecimento da totalidade da outra pessoa. Em essência, não se limita ao ato físico, é uma troca de energia, um alimentar sutil entre as pessoas. Através da ligação com o outro, ligamo-nos ao todo.
Na Arte, o corpo masculino, como o corpo feminino, é tido como sagrado, que não deve ser violado. É violação do corpo masculino utiliza-lo como arma, do mesmo modo que é uma violação do corpo feminino usa-lo como objeto ou campo de experimentação à serviço da virilidade do homem. Fingir desejo, quando inexistente, viola a verdade do corpo, assim como a repressão do
desejo, o qual é totalmente sentido mesmo quando não satisfeito. Mas, sentir desejos e anseios é admitir a necessidade, o que é ameaçador para muitos homens em nossa cultura.
Sob o patriarcado, os homens, enquanto estimulados a esperar muitos cuidados por parte das mulheres, também são ensinados a não admitir a necessidade de serem alimentados, a necessidade de, às vezes, serem passivos, fracos, de se apoiar em outra pessoa. O Deus, em Feitiçaria, personifica o anseio e o desejo pela união com a força primordial e nutriente.
Em lugar de buscar cuidados maternos ilimitados de mulheres reais e vivas, os homens, na Feitiçaria, são encorajados a se identificarem com o Deus e, através dele, atingirem a união com a Deusa, cujo amor de mãe não tem limites. A Deusa é tanto uma força externa quanto interna: quando sua imagem penetra a mente e o coração de um homem, torna-se parte dele. Ele pode aliarse às suas próprias qualidades nutritivas, com a Musa interior, que é uma fonte
de inspiração indelével.
( Starhawk - A dança cósmica das feiticeiras)
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