10 de outubro de 2014
6 de outubro de 2014
A Mulher Esqueleto
A caçada: quando o coração é um caçador solitário.
A Mulher-esqueleto: encarando a natureza de vida-morte-vida do amor
"Para que se crie um amor duradouro, a Mulher-Esqueleto precisa ser aceita no relacionamento e abraçada pelos dois amantes. Aqui, nesta antiga história do povo inuit, estão os estágios psíquicos para o domínio desse abraço."
"Ela havia feito alguma coisa que seu pai não aprovava, embora ninguém mais se
lembrasse do que havia sido. Seu pai, no entanto, a havia arrastado até
os penhascos, atirando-a ao mar. Lá, os peixes devoraram sua carne e
arrancaram seus olhos. Enquanto jazia no fundo do mar, seu esqueleto
rolou muitas vezes com as correntes.
Um
dia um pescador veio pescar. Bem, na verdade, em outros tempos muitos
costumavam vir a essa baía pescar. Esse pescador, porém, estava afastado
da sua colônia e não sabia que os pescadores da região não trabalhavam ali sob a alegação de que a enseada era mal-assombrada.
O
anzol do pescador foi descendo pela água abaixo e se prendeu - logo em
que! - nos ossos das costelas da Mulher-esqueleto. O pescador pensou: “Oba,
agora peguei um grande de verdade! Agora peguei um mesmo!” Na sua
imaginação, ele já via quantas pessoas esse peixe enorme iria alimentar,
quanto tempo sua carne duraria, quanto tempo ele se veria livre da
obrigação de pescar. E enquanto ele lutava com esse enorme peso na ponta
do anzol, o mar se encapelou com uma espuma agitada, e o caiaque
empinava e sacudia porque aquela que estava lá em baixo
lutava para se soltar. E quanto mais ela lutava, tanto mais ela se
enredava na linha. Não importa o que fizesse, ela estava sendo
inexoravelmente arrastada para a superfície, puxada pelos ossos das
próprias costelas.
O pescador havia se voltado para recolher a rede e, por isso, não viu a cabeça calva surgir
acima das ondas; não viu os pequenos corais que brilhavam nas órbitas
do crânio; não viu os crustáceos nos velhos dentes de marfim. Quando ele
se voltou com a rede nas mãos, o esqueleto inteiro, no estado em que
estava, já havia chegado a superfície e caia suspenso da extremidade do
caiaque pelos dentes incisivos. - Agh!
- gritou o homem, e seu coração afundou até os joelhos, seus olhos se
esconderam apavorados no fundo da cabeça e suas orelhas arderam num
vermelho forte.
- Agh! - berrou ele, soltando-a da proa com o remo e começando a remar loucamente na direção
da
terra. Sem perceber que ela estava emaranhada na sua linha, ele ficou
ainda mais assustado pois ela parecia estar em pé, a persegui-lo o tempo
todo até a praia.Não importava de que jeito ele desviasse o caiaque,
ela continuava ali atrás.Sua respiração formava nuvens de vapor sobre a
água, e seus braços se agitavam como se quisessem agarrá-lo para levá-lo
para as profundezas.
- Aaagggggghhhh!
- uivava ele, quando o caiaque encalhou na praia. De um salto ele
estava fora da embarcação e saia correndo agarrado a vara de pescar.E o
cadáver branco da Mulher-esqueleto, ainda preso a linha de pescar, vinha
aos solavancos bem atrás dele. Ele correu pelas pedras, e ela o
acompanhou.Ele atravessou a tundra gelada, e ela não se distanciou. Ele
passou por cima da carne que havia deixado a secar, rachando-a em
pedaços com as passadas dos seus mukluks.
O
tempo todo ela continuou atrás dele, na verdade até pegou um pedaço do
peixe congelado enquanto era arrastada. E logo começou a comer, porque
há muito, muito tempo não se saciava. Finalmente, o homem chegou ao seu iglu, enfiou se direto no túnel e, de quatro, engatinhou
de qualquer jeito para dentro. Ofegante e soluçante, ele ficou ali
deitado no escuro, com o coração parecendo um tambor, um tambor enorme.
Afinal, estava seguro, ah, tão seguro, é, seguro, graças aos deuses, Raven, é, graças a Raven, é, e também a todo-generosa Sedna, em segurança, afinal.
Imaginem
quando ele acendeu sua lamparina de óleo de baleia, ali estava ela -
aquilo - jogada num monte no chão de neve, com um calcanhar sobre um
ombro,um joelho preso nas costelas, um pé por cima do cotovelo. Mais
tarde ele não saberia dizer o que realmente aconteceu. Talvez a luz
tivesse suavizado suas feições; talvez fosse o fato de ele ser um homem
solitário. Mas sua respiração ganhou um que de delicadeza, bem devagar
ele estendeu as mãos encardidas e, falando baixinho como a mãe fala com o
filho, começou a soltá-la da linha de pescar.
-
Oh, na, na, na. - Ele primeiro soltou os dedos dos pés, depois os
tornozelos.- Oh, na, na, na. - Trabalhou sem parar noite adentro, até
cobri-la de peles para aquecê-la, já que os ossos da Mulher-esqueleto
eram iguaizinhos aos de um ser humano.
Ele procurou sua pederneira na bainha de couro e usou um pouco do próprio cabelo para acender mais um foguinho.
Ficou olhando para ela de vez em quando enquanto passava óleo na
preciosa madeira da sua vara de pescar e enrolava novamente sua linha de
seda. E ela, no meio das peles, não pronunciava palavra - não tinha
coragem - para que o caçador não a levasse lá para fora e a jogasse lá em baixo nas pedras, quebrando totalmente seus ossos.
O
homem começou a sentir sono, enfiou-se nas peles de dormir e logo
estava sonhando.Às vezes, quando os seres humanos dormem, acontece de
uma lágrima escapar do olho de quem sonha. Nunca sabemos que tipo de
sonho provoca isso, mas sabemos que ou é um sonho de tristeza ou de
anseio. E foi isso o que aconteceu com o homem.
A
Mulher-esqueleto viu o brilho da lágrima a luz do fogo, e de repente
ela sentiu uma sede daquelas. Ela se aproximou do homem que dormia,
rangendo e retinindo,e pôs a boca junto a lágrima. Aquela única lágrima
foi como um rio, que ela bebeu,bebeu e bebeu até saciar sua sede de
tantos anos.Enquanto estava deitada ao seu lado, ela estendeu a mão para
dentro do homem que dormia e retirou seu coração, aquele tambor forte. Sentou-se e começou a batucar dos dois lados do coração: Bom, Bomm!... Bom, Bomm!
Enquanto marcava o ritmo, ela começou a cantar em voz alta.
-
Carne, carne, carne! Carne, carne, carne!- E quanto mais cantava, mais
seu corpo se revestia de carne.Ela cantou para ter cabelo, olhos
saudáveis e mãos boas e gordas. Ela cantou para ter a divisão entre as
pernas e seios compridos o suficiente para se enrolarem e dar calor, e todas as coisas de que as mulheres precisam.
Quando estava pronta, ela também cantou para despir o homem que dormia e
se enfiou na cama com ele, a pele de um tocando a do outro. Ela
devolveu o grande tambor, o coração, ao corpo dele, e foi assim que
acordaram, abraçados um ao outro,enredados da noite juntos, agora de
outro jeito, de um jeito bom e duradouro.
As
pessoas que não conseguem se lembrar de como aconteceu sua primeira
desgraça dizem que ela e o pescador foram embora e sempre foram bem
alimentados pelas criaturas que ela conheceu na sua vida debaixo
d'água.As pessoas garantem que é verdade e que é só isso o que sabem."
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"Essa
história é uma imagem adequada para o problema do amor moderno, o medo
da natureza da vida-morte-vida, em especial do aspecto morte. Em geral
grande parte da cultura ocidental, o personagem original da natureza da
morte foi encoberto por vários dogmas e doutrinas até o ponto em que se
separou de vez da sua outra metade, a vida. Fomos ensinados, equivocadamente,
a aceitar a forma mutilada de um dos aspectos mais básicos e profundos
da natureza selvagem. Aprendemos que a morte é sempre acompanhada de
mais morte. Isso simplesmente não é verdade. A morte está sempre no
processo de incubar uma vida nova, mesmo quando nossa existência foi
retalhada até os ossos.
Em vez de considerar os arquétipos da morte e da vida como opostos, devemos encará-los
juntos como o lado esquerdo e direito de um único pensamento. É fato
que dentro de um único relacionamento amoroso existem muitos finais.
Mesmo assim, de algum modo e em algum ponto na
delicadas camadas do ser criado quando duas pessoas se amam, existe um
coração e um alento. Enquanto um coração esvazia, o outro enche. Quando
uma respiração termina, outra se inicia."
As primeiras fases do amor
A descoberta acidental do tesouro
"...creio
que essa história tem seu valor quando é compreendida como uma série de
sete tarefas que ensinam uma alma a amar outra profundamente. São elas a
descoberta da outra pessoa como uma espécie de tesouro espiritual,
muito embora a princípio não se perceba exatamente o que foi encontrado. Em seguida, na maioria dos relacionamentos, vem a caça e a tentativa
de ocultação, um tempo de esperanças e receios para os dois lados.
Depois, vem a tarefa de desenredar e compreender os aspectos da
vida-morte-vida do relacionamento e a compaixão dessa tarefa. Segue-se a
confiança que gera o relaxamento, a capacidade de descansar na presença
do outro e da sua boa vontade, acompanhada de um período de compartilhamento
dos sonhos futuros bem como de tristezas passadas, sendo esse o início
da cura de ferimentos arcaicos relacionados ao amor. Finalmente, o uso
do coração para fazer brotar uma nova vida e a fusão do corpo e da
alma."
"Repetidas vezes observo um fenômeno
em amantes, independente do sexo. Seria mais ou menos assim: duas
pessoas começam uma dança para ver se elas vão querer se amar. De
repente, a Mulher-esqueleto é fisgada por acaso. Algo no relacionamento
começa a diminuir e cai em entropia. Com frequência, o doloroso prazer
da excitação sexual se abranda, um passa a perceber o lado frágil e
ferido do outro, ou ainda um deixa de ver o outro como 'material digno
de admiração', e é aí que a velha careca e de dentes amarelos vem à
tona."
A perseguição e a tentiva de se ocultar
"A
fase de correr e de se esconder é o período no qual os amantes tentam
racionalizar seu medo dos ciclos de amor da vida-morte-vida. Eles dizem
'Posso me dar melhor com outra pessoa', 'Não quero renunciar a meu
(preencha a lacuna) _____', 'Não quero mudar a minha vida', 'Não quero
encarar minhas feridas, nem as de ninguém mais', 'Ainda não estou
pronto' ou ainda 'Não quero ser transformado sem primeiro saber nos
ínfimos detalhes como vou ficar/me sentir depois.'
É
uma fase em que os pensamentos ficam todos confusos, quando se quer
procurar um abrigo a todo custo e quando o coração bate, não tanto por
amar ou por se sentir amado, quanto por um terror humilhante. Ser
encurralado pela Morte! O horror de enfrentar a força da vida-morte-vida
pessoalmente! Ai, ai!"
"Pois nesse ponto A Morte persegue
o homem pelas águas, cruzando a fronteira entre o inconsciente e a
terra firme da mente consciente. A psique consciente percebe o que
fisgou e tenta desesperadamente correr mais do que a presa.
Constantemente agimos assim nas nossas vidas. Algo de apavorante mostra
sua cara. Nós não estamos prestando atenção e continuamos a puxar a
linha, imaginando se tratar de uma boa pesca. É um achado, mas não do
tipo que estávamos imaginando. É um tesouro que infelizmente aprendemos a
temer. Por isso, tentamos fugir ou jogá-lo de volta; tentamos
embelezá-lo ou torná-lo o que não é. Isso, porém, nunca funciona. No
final todos temos de beijar a megera."
Desembaraçando o esqueleto
"O
pescador demonstra sua boa intenção, sua força e seu envolvimento
crescente com a Mulher-esqueleto ao desemaranhá-la. Ele olha para ela
toda dobrada para um lado e para outro e vê nela um vislumbre de algo,
ele nem sabe de quê. Ele havia fugido dela, ofegante e soluçante. Agora
ele cogita tocar nela. Só por existir, ela de algum modo está tocando o coração do pescador. Quando compreendermos a solidão da natureza da vida-morte-vida, que é constantemente rejeitada, embora não por culpa sua... então talvez possamos nos sentir tocados pelo seu sofrimento.
Se
for ao amor que estivermos nos dedicando, muito embora nos sintamos
apreensivos ou assustados, estaremos dispostos a desembaraçar a linha
dos ossos da natureza da morte. Estaremos dispostos a tocar o
não-tão-belo no outro e em nós mesmos."
"Desemaranhar
a Mulher-esqueleto é começar a quebrar o encanto -ou seja, o medo de
sermos consumidos, de morrermos para sempre. Em termos arquetípicos,
desemaranhar algo é empreender uma descida, seguir por um labirinto,
penetrar no mundo subterrâneo ou no lugar em que as coisas são reveladas
de uma forma inteiramente nova, ser capaz de acompanhar um processo
complexo. Nos contos de fadas, soltar a faixa, desfazer o nó,
desemaranhar e desenredar representam começar a entender algo, a
entender suas aplicações e usos, a se tornar um mago, uma alma sábia."
O sono da confiança
"Nesse
estágio do relacionamento, o amante volta ao estado de inocência,
estado no qual ele ainda se amedronta com os elementos emocionais, no
qual ele está cheio de desejos, esperanças e sonhos. A inocência é
diferente da ingenuidade. No interior existe um ditado: 'A ignorância é
não saber nada e ser atraído pelo bem. A inocência é saber tudo e ainda
assim ser atraído pelo bem'.
Vejamos até onde chegamos. O pescador-caçador trouxe a natureza da vida-morte-vida para a superfície. Contra sua própria vontade, ele foi 'perseguido' por ela; mas ele também conseguiu encará-la. Sentiu pena do seu estado emaranhado e a tocou. Tudo isso o leva a uma participação plena. Tudo isso o leva a uma transformação, ao amor.
Embora a imagem do
sono possa indicar o inconsciente, nesse caso ele simboliza a criação e
a renovação. O sono é o símbolo do renascimento. Nos mitos da criação,
as almas adormecem enquanto se realiza uma transformação de uma duração
determinada, pois no sono nós nos recriamos, nos renovamos."
"Existe
uma prudência que é verdadeira, quando o perigo está por perto, e uma
prudência que não tem justificativa e que se origina de algum ferimento
anterior. Esta última faz com que os homens ajam de modo irritadiço e
desinteressado mesmo quando eles sentem que gostariam de demonstrar
carinho e afeto. As pessoas têm medo de 'ser ludibriadas' ou de 'entrar num beco sem saída' - ou que não param de voiciferar seus direito de querer 'ser livre' - são as que deixam o ouro escapar por entre os dedos."
"Às
vezes não existem palavras que estimulem a coragem. Às vezes é preciso
simplesmente mergulhar. Tem de haver em algum ponto da vida de um homem
um período em que ele confie na direção que o amor o levar, em que ele tenha mais medo de ficar confinado a algum leito rachado do rio seco da psique do
que de estar solto num território exuberante porém inexplorado. Quando
uma vida é excessivamente controlada, cada vez há menos vida a
controlar.
Nesse
estágio de inocência, o pescador volta a ser uma alma criança, pois no
seu sono ele está ileso e não existe a recordação do que aconteceu ontem
ou antes. No seu sono, ele não está lutando para assumir algum lugar ou
posição. No sono, ele se renova."
As fases posteriores do amor
O coração como tambor e o canto para criar a vida
"Quando a Mulher-esqueleto se vale do coração do pescador, ela está usando o centro motor da psique interna, o único órgão de real importância, o único capaz de gerar sentimento puro e inocente. Diz-se que é a mente que pensa e cria. Essa história afirma o contrário, que é o coração que pensa e convoca as moléculas, átomos, sentimentos, anseios e o que mais seja necessário, até o único lugar a fim de gerar a matéria que realize a criação da Mulher-esqueleto.
A história contém uma promessa: permita que a Mulher-esqueleto se torne mais palpável na sua vida, e ela em troca engrandecerá sua vida. Quando a libertamos como mestra e amante, ela passa a ser uma aliada e uma parceira."
"Quando um homem entrega seu coração por inteiro, ele se torna uma força espantosa - ele se torna uma inspiração, papel que no passado era reservado apenas às mulheres. Quando a Mulher-esqueleto dorme com ele, ele se torna fértil. Ele é investido com poderes femininos num meio masculino. Ele passa a levar as sementes da nova vida e das mortes necessárias. Ele inspira novos trabalhos a si mesmo, mas também àqueles que estão por perto."
A dança do corpo e da alma
"Às vezes aquele que está fugindo da natureza da vida-morte-vida insiste em pensar que o amor é apenas uma dádiva. No entanto, o amor em sua plenitude é uma série de mortes e de renascimentos. Deixamos uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra. A paixão morre e volta. A dor é espantada para longe e vem à tona mais adiante. Amar significa abraçar e ao mesmo tempo suportar inúmeros finais e inúmeros recomeços - todos no mesmo relacuionamento."
"Para fazer amor, se queremos amar, bailamos con La Muerte, dançamos com a Morte. Haverá enchentes, haverá secas; haverá recém-nascidos, natimortos e ainda renascimento de algo novo. Amar é aprender os passos. Fazer amor é dançar a dança."
"Nessa história há duas transformações, a do caçador e a da Mulher-esqueleto. Em termos modernos, a transformação do caçador sera mais ou menos como o que se segue. A princípio, ele é o caçador inconsciente. 'Oi, sou só eu. Estou pensando e cuidando da minha vida.' Depois ele passa a ser o caçador assustado, em fuga. 'O quê? Você me quer? Bem, acho que está na hora de eu ir andando.' Mais tarde, ele reconsidera, começa a desenredar seus sentimentos e descobre um meio de se relacionar com ela. 'Parece que a minha alma é atraída por você. Quem é você, no fundo? Qual é a sua estrutura?'
Em seguida, ele adormece. 'Vou confiar em você. Vou me permitir expôr minha inocência.' Com isso, sua lágrima de sentimento profundo é revelada e alimenta a Mulher-esqueleto. 'Esperei muito tempo por você.' Seu coração é emprestado para criá-la por inteiro. 'Pronto, tome meu coração e conquiste a vida na minha vida.' E assim o caçador-pescador é recompensado com o amor. Essa é a trsnformação típica de uma pessoa que aprende a amar."
"Deduzimos da história que a doação do corpo é uma das últimas fases do amor. É assim que deve ser. É bom dominar os primeiros estágios do encontro com a natureza da vida-morte-vida e deixar para depois as experiências práticas do corpo-a-corpo. Advirto as mulheres para que não aceitem um amante que salte de uma fisgada acidental para a doação do corpo. Insistam no cumprimento de todas as fases. Assim, a última fase virá por si só. A ocasião para a união dos corpos chegará na hora certa."
( Trecho de "Mulheres que correm com os Lobos - Clarissa Pinkola Estes)
2 de outubro de 2014
"Talvez
o nosso verdadeiro destino seja o de estar eternamente em caminho, sem
parar de lastimar e desejando com nostalgia, sempre ávidos de repouso e
sempre errantes. Só é sagrada de fato a estrada da qual não se conhece o
fim e que entretanto a gente se obstina a seguir. assim é nossa
caminhada neste momento através da obscuridade e dos perigos sem saber o
que nos espera"
S. Zweig
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